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Internet gratuita promove inclusão digital em SP

Projeto Praças Digitais busca oferecer conexão rápida à população

por José Coutinho Júnior

 

A prefeitura de São Paulo iniciou, em 2013, um projeto para levar acesso gratuito à internet para a população. O projeto Praças Digitais, parceria da Secretaria de Serviços com a Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo) tem orçamento de R$ 45 milhões e vai implementar pontos de Wi-Fi em 120 localidades, entre os 96 distritos de São Paulo.

Para o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, a inclusão digital é um dos objetivos do projeto. “São Paulo, pela sua grandeza sociocultural não podia mais aceitar o fato de não ter um serviço dessa natureza. Além de estimular o uso geral, a ideia é promover debates, acesso à informação, troca de experiências e servir de canal de transparência da gestão pública”.

A prefeitura promete que as redes livres terão conexão de 512 Kbps por usuário, para fazer download e upload, estabilidade de banda para diversos usos da internet, como streaming, voz e vídeo, e infraestrutura que assegure o acesso por meio de dispositivos de diversos tipos, como smartphones, tablets, notebooks e netbooks.

Qualidade

O ativista digital Sérgio Amadeu avalia que o projeto de São Paulo, diferentemente de outros estados que disponibilizam internet gratuita, como Rio de Janeiro, Amapá e Acre, é com maior qualidade.

Além de se preocupar em oferecer um serviço digno ao usuário, por não aceitar as exigências das grandes empresas de telecomunicações. “O projeto pretende competir com essas empresas. Ao garantir um serviço de qualidade de forma gratuita, a população, que paga caro por internet, vai perceber que precisa receber das operadoras o que pagam, já que hoje elas só fornecem 10 % da velocidade contratada, além de desconectar o usuário com frequência”, afirma Amadeu.

Mapa

A prefeitura garante que existirá pelo menos uma Praça Digital em cada um dos 96 distritos da cidade. Para Sérgio Amadeu, essa medida demonstra “respeito à população mais carente, que não pode pagar para ter acesso à internet”.

A praça Dom José Gaspar foi uma das primeiras a receber o projeto, que já levou o Wi-Fi Livre SP para 40 espaços públicos da cidade, sendo a última na praça Oscar da Silva, na zona norte. São nove pontos de internet gratuita na região central, cinco na zona leste, dez na zona norte e nove na zona oeste, além de outros sete na zona sul. Somados, os pontos suportam a conexão simultânea de quase 4.300 pessoas.